VOE: como lidar com as feridas maternas

O voe de hoje, vida orientada pelo essencial, traz o tema: como lidar com bloqueios e feridas maternas.

Sabemos que para voar alto na nossa vida e alcançar o próximo nível, precisamos de asas fortes. Dessa maneira, vale pensar que voar é diferente de caminhar aqui na planície. Ou seja, será necessário criar condições para alcançarmos esse voo. E  isso só acontece através de um treinamento.

Sobretudo, se não temos quem nos ensine e oriente, não vamos conseguir criar uma estrutura interna que nos dê suporte para alcançarmos esse movimento. De seguir em frente e superar barreiras, construindo um caminho que nos leve a fluir em todas as áreas de nossa vida.

Nesse sentido, observe que nos atendimentos terapêuticos frequentemente as dores relacionadas tanto com pai quanto com mãe são muito comuns. Ou seja, estão presentes em todos consultórios terapêuticos de todas as áreas: psicólogos, psiquiatras, psicoterapeutas, e todos os profissionais da área do autoconhecimento, do desenvolvimento humano. Tais profissionais vão se deparar com essas questões nos seus atendimentos. Isso acontece porque são áreas estruturantes.

Assim, acolhendo essas dores com amor e generosidade, vamos olhar para dentro e nos perguntar: quais as dores e feridas que estamos carregando internamente com relação a nossa mãe?

Podem ser dores antigas, por exemplo, muitas vezes inconfessáveis, que temos dificuldade de verbalizar, de nomear. Não por falta de coragem, mas por insegurança.

Essa insegurança tem base no julgamento moral, no sentido de que podemos estar sendo ingratos, injustos com a nossa mãe.

Esse julgamento também pode acontecer por pensarmos que como somos adultos, não deveríamos nem mais estar olhando para essas situações.

Dores silenciosas em relação a figura materna

As dores silenciosas em relação a figura materna precisam ser identificadas, pois estão pesando nos nossos ombros, nas nossas costas, enfraquecendo nossas asas, e nos impedindo de voar alto.

Por isso, é tão importante o autoconhecimento. Contudo, o autoconhecimento na ótica da Cabala Ancestral não é para amodorres, não é para iludidos.

Sendo assim, o Terapeuta Cabalista nos traz a compreensão de que quando falamos de feridas maternas e paternas, não estamos falando de passado, mas de âncoras que continuam conosco.

Todavia, muitas vezes colocamos cascas grossas sobre essas feridas, e na verdade nem mesmo queremos falar a respeito delas. Isso acontece porque pensamos que se olharmos para isso podemos estar sendo ingratos, negando as coisas boas que essa mãe nos traz. E até mesmo causando um desgaste, que poderá aumentar ainda mais os desafios já existentes na relação que temos com a nossa mãe.

Entretando, quando não damos uma atenção para essa feridas, ficamos com essas dores silenciosas dentro de nós, que vão promovendo buracos internos, trazendo consequências e desdobramentos. Justamente por serem questões estruturantes. Essas questões são sempre muito delicadas.

O fato dessas questões estruturantes serem delicadas, não quer dizer que não exista uma estratégia para lidar com elas.

No entanto, se não temos estratégia, muito provavelmente vamos caminhar para um conjunto de emoções reativas, que podem ser tristeza, medo, raiva, e uma série de sentimentos.

Por outro lado, podemos abafar esses sentimentos, o que também trará consequências desastrosas, e adoecimentos em todas as áreas da nossa vida.

Questões estruturantes em relação à figura materna

Quando falamos de questões estruturantes, principalmente quando se trata de pai e mãe, estamos falando de uma parte de nós que é construída, 50% do pai, e 50% da mãe. Estamos falando de uma herança emocional, genética, biológica e espiritual.

Dentro desse contexto, é importante percebermos que quando entramos em conflito com a nossa mãe, na verdade estamos entrando em conflito conosco. E, se não temos estratégia para lidar com isso, teremos dificuldades, não só com a mãe que nos gerou, mas com a mãe que somos, ou que pretendemos nos tornar.

Contudo, qual é a questão principal dentro disso?

A questão principal não é a figura da nossa mãe, nem a mãe que somos, ou que pretendemos nos tornar, mas as consequências desses conflitos, pois irão gerar dificuldades, de relacionamento, e de prosperar.

Assim, quando temos essas feridas emocionais começamos a criar um desencaixe interno, um ponto cego. E mesmo sem percebermos, essas dores e feridas começam a guiar todas as nossas decisões e escolhas.

Logo, esse desencaixe vai nos levar a criarmos julgamentos e críticas, que irão naturalmente, nesse primeiro momento serem atribuídos a algo ou a alguém, gerando dois desdobramentos:

 

1. A sensação de superioridade em relação a essa mãe que me precede.

2. A sensação de inferioridade, quando começamos a julgar e criticar a mãe que estamos sendo.

 

Afinal, é natural, e humano haver uma inversão de valores, e nos vermos superiores a nossa mãe. Ou nos sentindo inferiores, quando somos críticos em relação a mãe que nos tornamos.

Entretanto, é indispensável trazermos essas questões para perto de nós. Reconhecermos essas dores, esse desencaixe, que, na verdade, acontece dentro de nós. Não se trata do que está acontecendo fora, mas dentro de cada um. Trata-se de uma estrutura interna, dos pilares internos que nos compõem.

Estruturas e pilares internos a luz da Cabala Ancestral

Por que é tão importante olharmos para a saúde em relação a pai e mãe internamente? Para respondermos essa pergunta vamos falar um pouco de um processo terapêutico dentro da Cabala Ancestral, que utiliza a Árvore da Vida.

O que é arvore da vida, dentro da perspectiva da Cabala Ancestral?

É um diagrama que nos ensina a entender a estrutura humana, e quando compreendemos essa estrutura, começamos a compreender a relação desse ser com a vida.

Esse diagrama é construído em 3 pilares: feminino, masculino, e o equilíbrio entre os dois.

Esse feminino e esse masculino começam a ser criados a partir da figura materna, e da figura paterna, não se trata da pessoa pai e mãe, mas da figura que está representada internamente no ser humano.

Sendo assim, a saúde na relação com pai e mãe dentro da Terapia Cabalista, não se constrói a partir da pessoa física, biológica, pai e mãe. Isso vai acontecer como um desdobramento natural, um plus.

Essa saúde será construída a partir da estrutura desses 3 pilares: o feminino, que tem como base a figura materna; o masculino, que tem como base a figura paterna; e o equilíbrio entre esses dois, que é o terceiro pilar, a base que estrutura a árvore da vida.

Por isso, é tão importante olharmos para saúde na relação com pai e mãe, porque estaremos olhando para essa estrutura interna.  Trabalhando esse equilíbrio entre o feminino e o masculino que nos compõe.

Em síntese, isso fará toda diferença no que se refere a uma saúde ampla e integral.

Mapeando as questões relacionadas a figura materna

Para que possamos fazer esse mapeamento, trazendo para perto questões relacionadas com a figura materna, suas dores e consequências dessas feridas, vamos ao nosso Plano de VOE, que inicia com uma pergunta:

Que padrões adoecidos você acha que está vivendo em função dessa feridas familiares?

Observe que as 4 frases abaixo você pode ter escutado na infância. Agora, olhando pelo retrovisor, como adulto, como você completaria essas frases?

1.  Você nunca deveria……………………………………………………..

2. Você deveria sempre…………………………………………………….

3. Você deveria saber que…………………………………………………

4. Você deveria ser mais……………………………………………………

O que disseram para você a respeito dessas frases?

O que você entendeu sobre o que lhes disseram?

Assim, essas 4 frases, e como completamos cada uma delas, nos trazem muitas coisas que estamos carregando dentro de nós.

Em suma, esse treinamento poderá nos ajudar na construção do caminho para esse reencaixe interno, para o reencontro com a nossa potência, encontrando estratégias para resolvermos nossas questões de um jeito mais saudável. Voando auto para o desenvolvimento de todas as áreas da nossa vida.

 

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