VOE: ancoragem, desejos e pontos cegos relacionados ao corpo

O nosso VOE de hoje traz um pouco das nossas ancoragens, nossos pontos cegos, e nossos desejos relacionados ao corpo.

Ancoragem

Ancoragem diz respeito ao que nós armazenamos no corpo. Nessa perspectiva, convido vocês a olhar o corpo como fonte de aprendizado, transformação, como também um invólucro que guarda todos nossos registros.

Dessa maneira, imaginamos o nosso corpo como uma caixinha, que armazena todas as nossas fichas, nossas experiências, nossas vivências, sejam elas doces ou amargas, as que lembramos e as que não lembramos.

Logo, uma relação saudável com o corpo, passa por uma boa alimentação, lazer, atividade física, cria maior flexibilidade e fortalecimento desse corpo. Como resultado dessa relação saudável, criamos uma intimidade com o corpo, isso facilita ter mais domínio, mais consciência do nosso território, das possiblidades e das nossas limitações. Assim, podemos acessar nossas memórias com mais fluência.

Pontos cegos

Os pontos cegos dizem respeito aquilo que ainda não temos consciência. Para entender os pontos cegos, entramos um pouco em nossa história, sabendo que nossa história não começa em nós, mas muito antes, lá atrás. Entender que somos a ponta final da relação dos nossos pais, avós, bisavós, tataravós.

Portanto, trazemos na nossa genética as histórias vividas por nossos antepassados, que podem ser boas histórias. Por outro lado, podem estar carregadas de conflitos, dores e limitações que estão registradas no nosso corpo.

Ao tomarmos consciência desses registros, dores, forças, e limitações, construímos a possibilidade de fazer com que o nosso corpo manifeste o lado bom, a potência, o desejo real e luminoso desses registros. Já os conflitos e as dores, usamos para nos fortalecer, tirando a força dessas histórias, registradas no nosso corpo, na nossa genética.

Como fazer? Primeiro passo é olhar para isso. Em seguida, buscamos conhecer a sabedoria registrada no corpo. Buscamos conhecer essas histórias, percebendo onde estão nossos entraves, onde estão ancoradas nossas limitações, e onde podem estar nossos pontos cegos.

Para isso, é preciso conhecer as múltiplas inteligências do corpo, a inteligência do coração, a inteligência dos rins, do fígado, dos ossos, do sangue, dos músculos etc.

Inteligência do corpo para mapear os pontos cegos

As forças das inteligências que estão em cada órgão do nosso corpo, têm uma relação com o nosso feminino e masculino, correlacionadas com a relação que temos com nosso pai, nossa mãe, nossos avós, bisavós, e toda nossa ancestralidade.

Podemos começar olhando para como está hoje a nossa relação com nossos pais, com o nosso feminino e nosso masculino.

Analogamente, vamos aos poucos descascando essa cebola, tirando a casca até chegar ao seu núcleo.

Assim, esse processo é uma construção. Vamos desconstruindo e nos reconstruindo! Desse modo, vamos nos relacionando com tudo que encontramos nesse caminho, prestando atenção e ouvindo o corpo, pois nosso corpo tem uma inteligência própria.

Por exemplo, se acontece um fato que nos faz sentir medo, ficamos apreensivos, tensos, as extremidades começam a ficar frias, isso porque o sangue concentra no tronco e no coração. Como resultado, é acessado um mecanismo de defesa, porque o corpo funciona biologicamente, independente do nosso desejo, da nossa vontade e da nossa consciência.

Diante disso, será que podemos mudar esse estado? Como podemos fazer isso?

É possível sim mudar esse estado, através de uma respiração lenta e profunda, concentrando a atenção nessa respiração, vamos nos acalmando, vamos educando nosso corpo, mandando uma mensagem de calma, de que está tudo bem! Dessa forma, interferimos no funcionamento biológico, através dessa consciência.

Se temos esse conhecimento, essa sabedoria, podemos usá-la em qualquer circunstância, em qualquer momento de nossas vidas. Sendo assim, podemos dizer, que a respiração é essencial para o equilíbrio e para dar início a qualquer cura que pretendemos construir.

Portanto, as memórias ficam no nosso corpo e vão nos constituindo, sejam elas doces ou amargas, sempre irão influenciar nas nossas escolhas e na maneira que nos relacionamos com tudo e com todos.

Desejos

A manifestação dos nossos desejos está relacionada com nossos pontos cegos, com o que nos permitimos ou não receber. É preciso reconhecer o nosso legítimo desejo de existência.

Por exemplo, você já imaginou receber 400 milhões ou uma casa de herança? Ou uma proposta de trabalho maravilhosa? São exemplos de desejos que desassociados dos pontos cegos podem ser manifestados. Para isso, é preciso permitir receber.

Nesse contexto, é importante fazer algumas perguntas para mapear os nossos desejos:

  • Somos expressões dos desejos de quem (nossos, ou dos nossos avós, ou dos nossos pais)?

  • Quais são os problemas genéticos de sua ancestralidade? O que essa(s) doença(s) traz de mensagem para você?

  • O que não lhe permite avançar que seu corpo sabe, mas você ainda não tem consciência (ponto cego)?

  • Qual o seu real desejo?

Essas são perguntas importante para mapearmos em que lugar nos encontramos na construção dessa saúde integral.

Ao entendermos as mensagens enviadas pela nossa genética, que está ancorada em nosso corpo, é possível zerarmos esse sistema familiar que nos influencia. Em primeiro lugar, é preciso tomar posse de tudo que manifestamos em nossa vida, de nossas facilidades e potencialidades para irmos além.

Nesse processo de tomar posse, é fundamental reconhecermos e honrarmos essa ancestralidade. É importante ressaltar que honrar pai e mãe, nossa ancestralidade, é tornar a nossa vida plena, abundante e próspera.

Em suma, é essencial olharmos com atenção para o nosso corpo, para melhor entendermos por que permitimos ou não permitimos, por que recebemos ou não recebemos, ou seja, nossos desejos, nossos pontos cegos, e onde isso está ancorado dentro de nós, em nosso corpo, nos impedindo muitas vezes de irmos além, de construirmos uma saúde integral.

Para além disso, é preciso mapearmos nossos desejos reais tendo consciência dos desejos que são nossos e daqueles que não são.

Enfim, uma relação saudável entre tempo, saúde e riqueza é uma construção a partir do autoconhecimento. Sendo assim, é indispensável não estarmos sós na construção dessa cura, por isso estamos aqui, para caminharmos juntos.
Crédito da Imagem: Imagem de kjpargeter no Freepik

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