Os prazeres e as dores da vida de terapeuta

Atualmente, alguns profissionais da saúde, especialmente os terapeutas, vem apresentando certas queixas, tais quais: a falta de pacientes, algo que acaba gerando um sentimento de obsolência; questionam se conseguem verdadeiramente entender a natureza da dor do paciente; chegam a acreditar que o mercado está saturado e às vezes, passam a achar que o seu trabalho não é diferenciado, causando um sentimento de insegurança, fazendo com que algumas atitudes paliativas sejam tomadas, como, por exemplo, fazer uma especialização, por imaginarem que isso vai trazer mudanças positivas de uma hora para outra.

A estagnação é uma das queixas mais recorrentes, principalmente em relação ao trabalho, a vida profissional, como se nada mudasse, fazendo com que todos os dias parecessem iguais. É comum pensar que estar estagnado é a mesma coisa que estar apático, no entanto, essa concepção é errônea. É possível estar estagnado e não apresentar qualquer traço de apatia, por exemplo. Todas essas queixas são entendidas como as dores dos profissionais da saúde.

Por outro lado, o prazer de trabalhar na área se dá no instante em que compreendemos que esse é o momento mais propício à transformação, é o momento de deixar de ser mais um do mesmo, de arregaçar as mangas e estar disposto a construir um novo mundo, um com mais liberdade — diferentemente da concepção comum, aqui a liberdade diz respeito à capacidade de escolher o que vai guiar a sua vida, a habilidade de superar as dores que surgem na vida e transformar cada uma dessas em aprendizado, tirar algo de bom de uma situação negativa, fazendo com que você se tornar uma pessoa melhor do que um dia já foi. Ao aprender a transformar a própria vida, você se torna capaz de impactar positivamente a vida de outros, dos seus pacientes e esse é mais ponto de deleite da vida do terapeuta, saber que pode conduzir o outro em direção a cura.

Dito isso, o que é preciso fazer para acabar com essas queixas, para deixar de sentir essas dores? Primeiramente, é fundamental fazer o trabalho de olhar para cada uma delas, assim como trazê-las para perto de si e tentar identificar a raiz, como elas surgiram, há quanto tempo, pois somente assim a transformação é capaz de acontecer.


Texto baseado na live do dia 10/4: Dores e prazeres da vida de terapeuta

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