VOE: síndrome do salvador

O VOE de hoje, debruçado na sabedoria da Cabala Ancestral, traz mais um tema especial e indispensável, que vai nos ajudar a entender e a eliminar a Síndrome do Salvador.

A ideia é criar um plano de VOE que nos ajude na cura das feridas emocionais e familiares que nos levam para esse lugar de “Salvador”.

Sobretudo, trata-se de desvendarmos o impacto das feridas familiares na geração da Síndrome do Salvador.

Nesse sentido, você já ouviu falar dessa síndrome, dessa expressão muito comum nos dias de hoje?

Então, é uma síndrome extremamente nociva, não só para nossa saúde física, e emocional, mas para saúde da nossa relação com a vida.

Portanto, essa síndrome se manifesta com um forte impulso interno de querermos ajudar as pessoas que estão a nossa volta, de estarmos sempre dispostos e disponíveis a auxiliar a todos.

No entanto, o que, a princípio, pode parecer uma virtude, uma vocação, traduz muitas vezes padrões de comportamentos nada saudáveis, pois, na realidade, são feridas antigas que já se tornaram pontos cegos.

Agora, você deve estar se perguntando: o que é ponto cego?

Ponto cego é aquilo que não estamos vendo, que não estamos percebendo, mas que está motivando as nossas decisões. Guiando os nossos comportamentos e as nossas escolhas.

Consequentemente, essas decisões, comportamentos e escolhas, começam a prejudicar o nosso crescimento, o nosso rendimento. Travando o fluxo da vida, que tenta passar por nós, e nos impulsiona para próxima etapa.

Além disso, quando somos acometidos pela Síndrome do Salvador, mesmo sem perceber, estamos contaminando o nosso desejo de compartilhar. Um dos pilares mais importantes na visão da Cabala Ancestral.

Desejo de compartilhar contaminado

O que fazer quando o desejo de sermos salvadores, que nos parece tão luminoso, começa a prejudicar o nosso crescimento, a travar o fluxo da vida, e a contaminar o nosso desejo de compartilhar, impedindo-nos de alçar voos mais altos?

Para que possamos voar, fluir e construir uma cura integral temos que ter assas fortes. E, para fortalecer nossas asas, precisamos ir soltando as amarrar, desfazendo os nós, que embora sem percebermos, vamos construindo ao longo da nossa caminhada, e que vão atrofiando nossas asas.

Não é saudável estarmos sozinhos na edificação do fortalecimento de nossas asas. Nesse sentido, a Terapia Cabalista pode nos apoiar na eliminação dessa síndrome tão comum, e tão prejudicial à saúde da nossa relação com a vida.

Algumas perguntas podem nos auxiliar nessa reflexão, e na construção dessa cura:

1) Você sabe o que é Síndrome do Salvador, você já ouviu, ou nunca ouviu falar a respeito disso?

2) Você já está observando, ou não está observando algo em você em relação a esse tema?

3) Você acha que pode estar vivendo esse padrão na sua vida?

É importante entendermos, que enquanto sofremos da Síndrome do Salvador, que se manifesta por esse forte impulso interno de ajudarmos as pessoas, começamos a esquecer aquilo que é essencial para nós. Começamos a esquecer as nossas próprias necessidades, a esquecer inclusive, aquilo que precisamos fazer para crescermos, e nos desenvolvermos.

Quando estamos nessa dinâmica de acharmos que podemos salvar todas as pessoas, na verdade não estamos felizes, mas por que?

Porque isso promove um sofrimento, nos mostrando que não estamos nutridos, não estamos estimulados. Pelo contrário, começamos a experimentar um estado e exaustão, como se estivéssemos perdendo energia e vitalidade.

Dinâmica das relações pessoais

Além do sentimento de exaustão que ocorre quando sofremos com esse padrão de comportamento (Síndrome do Salvador), também nos sentimos atraídos por pessoas que tem sérias dificuldades com vícios, com dinheiro, compulsões e transtornos.

Essas relações se constrõem desde sua origem de uma maneira desencaixada, e se estabelecem em todas as áreas da nossa vida, podendo ser relações familiares, sociais, afetivas, ou no ambiente de trabalho.

Outro tipo de relação que atraímos para a nossa vida quando sofremos da Síndrome do Salvador são as relações com pessoas manipuladoras, exploradoras, aproveitadoras e narcisista.

Desse modo, quando estamos nessa dinâmica, estabelecida pela Síndrome do Salvador, e atraímos relações problemáticas, mesmo sem perceber, vivemos essas relações por escolha nossa, nos colocamos em situações para sermos explorados, ou manipulados.

Logo, não são as pessoas que nos exploram ou manipulam, não são as pessoas que invadem o nosso limite, ou não reconhece tudo que estamos fazendo por elas. Fomos para esse lugar usando da nossa liberdade, da nossa autonomia.

Quando desenvolvemos a Síndrome do Salvador, temos uma compulsão por querer salvar o outro, e essa palavrinha faz toda a diferença, pois não se trada de um desejo saudável de compartilhar, que é um dos princípios básicos da Cabala Ancestral.

Por outro lado, essa compulsão por salvar o outro, também cria uma grande dificuldade de nos relacionarmos de forma mais profunda e saudável, de criarmos vínculos com pessoas equilibradas. Por que isso acontece?

Porque pessoas bacanas e saudáveis, próspera e equilibradas não precisam ser salvas, pois assumiram a responsabilidade por suas próprias vidas, estão prontas para construírem relações de troca, de ajuda mútua. São pessoas preparadas para construírem uma realidade diferente, são protagonistas e, mais uma vez, não precisam ser salvas por ninguém.

As chaves e fechaduras que combinamos em nossa vida

Sobretudo, por traz do salvador compulsivo, que se desenvolve em quem sofre da Síndrome do Salvador, existem raízes profundas, que muitas vezes trazemos desde a infância, de medos, insegurança, necessidade de aprovação, de reconhecimento, feridas que precisam ser olhadas, cuidadas e curadas.

Logo, existe um mecanismo que precisamos compreender, que chamamos de chave e fechadura, para sabermos o que é preciso ser cuidado e curado.

Em outras palavras, esse mecanismo nos leva a entendermos quais as chaves e fechaduras que estamos combinando na nossa vida, pois se pretendemos produzir outros resultados, vamos precisar mexer nessas dinâmicas, que embora pareçam tão encaixadas na nossa vida, não são saudáveis. E, por isso, precisamos compreender como criamos essa dinâmica de chave e fechadura.

Essa autoinvestigação deve ser feita sempre com muito acolhimento, respeitando cada etapa da nossa vida. Sem julgamento de valores, sem exigências e autocobranças, no que se refere a estar certo ou errado, bom ou ruim na nossa vida.

Lembrando que, não é para nos chicotearmos todas as vezes que nos deparamos com pontos cegos a serem ajustados. Trata-se de trazermos para perto as nossas dores. São temas delicados e sensíveis, que devemos olhar com generosidade, e a partir disso começarmos a despertar a criatividade para as soluções.

Para que possamos construir juntos essa cura, hoje, trazendo o foco para a Síndrome do Salvador, criamos mais um plano de VOE, que possibilita olharmos para dentro de nós, buscando o equilíbrio.

Lembrem-se, o movimento é sempre de dentro para fora.

Plano de VOE

1°passo)

a) Tire um tempo para refletir sobre as tendências de comportamento relacionadas à Síndrome do Salvador, isso não é luxo, é estratégia.

b) Liste as feridas familiares que você lembrar.

c) Liste experiências passadas, que podem estar contribuindo para seus comportamentos

2° passo)

a) Defina metas. Por exemplo, para daqui a 3 meses, 6 meses e 1 ano.

b) Defina metas de curto prazo: diárias e semanais.

3° passo)

Identifique quais são as habilidades que você vai precisar desenvolver para alcançar essas metas.

4° Passo)

Busque apoio e orientação.

5° Passo)

a) Faça uma avaliação continua.

b) Liste suas metas.

c) Defina as habilidades que você precisa desenvolver.

d) Siga com apoio e orientação.

6° Passo)

Celebre as conquistas! A celebração é importante e essencial para que possamos ser gentis conosco.

Os pequenos passos devem ser celebrados com alegria e contentamento!

 

Crédito da imagem:
Imagem de javi_indy no Freepik

Ir para o conteúdo