VOE: a relação das nossas memórias com nosso corpo e intereferência dessa biofísica com a qualidade de vida

Debruçados não só na sabedoria da Cabala Ancestral, mas também no estudo anatômico, da fáscia, biologia, fisioterapia, o VOE de hoje nos leva ao caminho das nossas memórias, como elas se relacionam com o corpo, e como essa relação biofísica vai reverberar na qualidade da nossa vida cotidiana.

É importante entendermos o corpo como sendo a nossa natureza mais próxima. Funcionando como um recipiente, nele armazenamos nossas vivências, histórias, cultura, sentimentos, emoções, e tudo que nos acontece, direta ou indiretamente.

Interessante que duas pessoas podem passar por questões muito semelhantes e terem vidas muito similares, mas agirem de um jeito diferente, pois serão influenciadas pela região onde vivem, cultura e as informações que recebem.

Como as memórias se relacionam com nosso corpo?

Podemos entender nossas emoções como uma onda que nos atravessa, isso nos trará a possibilidade de recebê-las de maneiras diferentes, que seria, ficando presos naquilo que nos chega, criando um diálogo interno que nos levará para um caminho amargo, ou nos dando a chance de surfar nessa onda, deixando que as emoções passem por nós de uma maneira mais natural e saudável. O importante é evitar alimentar esse sentimento ou qualquer outro sentimento nocivo ao corpo através do diálogo interno.

Se estivermos sentindo raiva, sinta e não retenha a raiva, por exemplo. Assuma e tome posse desse sentimento, olhe com clareza para esse sentimento, fazendo a seguinte pergunta: O que gerou esse sentimento? Qual a melhor forma de agir dentro das minhas limitações e capacidades?

O que é estar dentro das minhas capacidades? Para responder essa pergunta é melhor exemplificar. Então, por exemplo, se sou uma pessoa de pavio curto, então vou evitar que o meu pavio exploda! Dessa maneira, separo o que me pertence do que não me pertence, olhando para isso com cuidado, com zelo! Cuidado com meus sentimentos, minhas emoções! Saber que tudo passa! Ter essa tranquilidade!

Portanto, ser equilibrado em um ambiente tranquilo é fácil, ser equilibrado no caos e na adversidade, é sublime. E é isso que buscamos: sermos sublimes!

Comportamentos, hábitos e crenças

As memórias geradas pelos sentimentos e emoções amargas ou doces atuam em nosso corpo e continuam atuando em nosso corpo. Como é isso? Dependendo da intensidade dessa experiência de vida, dessa emoção, desse sentimento, nós criamos: nossas crenças, nossos comportamentos e nossos hábitos.

Por exemplo: você sofreu um acidente de carro, mas você não era o motorista, não tinha controle da situação, e a sua reação foi frear o carro, ou seja, fazer o movimento com o pé de frear. Isso fica registrado no corpo. Assim, toda vez que acontece algo semelhante você tem o mesmo comportamento de frear, pois a emoção da experiência pela qual passou gerou uma memória amarga.

Já um exemplo de memória doce: você, quando criança ia à casa da sua avó e tinha bife à milanesa, batata frita, suco de laranja. Esses alimentos criaram memórias doces que quando você se depara com comidas semelhantes você aprecia esses alimentos, degustando com alegria e prazer!

Observe que esses foram só alguns exemplos de como as memórias atuam em nossa vida, impactando e definindo os nossos comportamentos e hábitos, criando as nossas crenças!

Como o autoconhecimento pode nos ajudar com as memórias registradas em nosso corpo?

A nossa consciência se amplia pelo toque do outro. Se temos admiração e respeito por alguém, por exemplo, precisamos do outro. Assim para conhecermos esse estado de admiração, é importante o outro. Da mesma maneira, para tudo que aprendemos, precisamos do outro. Você tem a dimensão de quem você é, através do outro. Você passa a se perceber mais.

Contudo, para atingir essa percepção, é necessário o desejo, a disposição pelo autoconhecimento. Então, você precisa do mundo externo para se conhecer. Logo, é através do outro que você vai desenvolver seus hábitos, seus comportamentos, vai observar seus padrões de pensamento, as suas crenças. Isso começa pela sua memória corporal, gravada em seu corpo.

No entanto, se não tivermos boas vivências, o que podemos fazer para mudar? Tomando posse de tudo que vivenciamos. Como? Olhando para toda experiência, ressignificando e transformando essas vivências. Isso só depende de você: sua disposição de se autoconhecer. Entender como você vem repetindo padrão e crenças limitantes ou não.

Exemplos de ferramentas para tomar posse que estão relacionadas com o corpo: a massagem e o trabalho terapêutico corporal. Outra ferramenta é a meditação, que tem como propósito dar centro, conexão com você.

Resumo do nosso VOE de hoje

Tudo fica registrado em nosso corpo, através da audição, do paladar, do tato, da visão, da pele, dos órgãos, da fáscia, dos sentimentos e das emoções.

Analogamente, no momento que percebemos que as emoções são como ondas, podemos deixar passar ou não. Muitas vezes, retemos as emoções através do diálogo interno, que consume energia. A energia vem da célula, é um pulso elétrico que reverbera em todo o corpo, criando o que para a Cabala Ancestral é o Namakif. Já para a ciência, é conhecido como biocampo. É o campo de energia, é a energia circundante que está em torno do corpo por aproximadamente 2m.

Nesse contexto, no que tange às memórias, elas atuam no nosso corpo, ficam registradas e reverberam. Determinam as nossas atitudes, nossas crenças limitantes, comportamentos e hábitos, como interagimos o mundo, com o que recebemos e o que compartilhamos.

Portanto, para que essa interação aconteça vamos sempre precisar do outro, é através das relações que vamos ampliar a nossa consciência e desenvolver o autoconhecimento. Para tanto, teremos que estar dispostos a tomar posse de tudo que vivenciamos, ampliar nosso conhecimento, e a partir dessas conexões teremos uma dimensão maior de nós, e do outro, e isso só depende de dar o primeiro passo para o autoconhecimento.

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